5 min
Oscar Vargas Villazón

Quais são as perspectivas para o lítio este ano?

AN EXCLUSIVE INTERVIEW WITH:

Quais são as perspectivas para o lítio este ano?

Do lado da demanda, a máquina continua esquentando, a eletrificação da frota de carros é quase irreversível: as vendas de veículos elétricos estão crescendo a taxas de mais de 40% ao ano, o tipo de números que somente tecnologias disruptivas são capazes de oferecer.

Nesse sentido, se em 2010 a humanidade se saciou com 100.000 toneladas de carbonato de lítio equivalente por ano, em 2024 ela estará satisfeita com nada menos que doze vezes essa quantidade: 1,5.000 toneladas. Em 2030, a previsão é de 20 milhões de LCE.

Do lado da oferta, os países abençoados com “ouro branco” continuarão a responder aos sinais do mercado desenvolvendo novos projetos proporcionalmente, com duas exceções notáveis:

A Bolívia ainda está realizando a nacionalização implementada em 2008, que afirma que a produção de carbonato de lítio deve ser 100% estatal.


No entanto, acordos pragmáticos já estão em vigor para 2024: PPPs com seus três parceiros, CATL, Uranium One e Citic Guoan Group.


Com esses gigantes globais, ela só tem um acordo-quadro, que permite estudos em fase piloto, indicando que em 2024, a produção de lítio ainda estará em um nível muito baixo.

O governo chileno continuará por enquanto sem novas iniciativas, em uma inércia total que fez com que 6 bilhões de dólares escapassem do Chile para a Argentina até 2023.


Nesse ritmo, terá que se contentar com o acordo entre CODELCO e METROS QUADRADOS para explorar o lítio até 2060.

Em algum momento do primeiro trimestre de 2024, conheceremos os detalhes do acordo entre METROS QUADRADOS e CODELCO, cujo Memorando de Entendimento foi anunciado como a panaceia para uma indústria chilena que está paralisada há um ano.

O certo, palavra do adivinho, é que, se não houver mudanças na política de lítio, o Chile perderá o segundo lugar na produção, superado pela Argentina, China e Zimbábue.

POSTAGENS RELACIONADAS

July 24, 2025
Interview

Ignacio Mehech: “Chile’s biggest challenge is meeting global lithium demand while upholding social and environmental standards”

In this exclusive interview, Ignacio Mehech, CEO of CleanTech Lithium, outlines Chile’s strategic position in the global energy transition. He highlights the country’s potential to lead in renewable energy and critical minerals—especially lithium—while stressing the importance of accelerating project development without compromising environmental or social responsibility. Mehech also reflects on how transparency, collaboration, and community engagement are key to building long-term trust among stakeholders, and why Chile’s legal certainty and global openness will be instrumental to securing its role in the future of clean energy supply chains.
July 21, 2025
Article

Brazil’s Rare Earths Surge: Building a New Global Hub for Critical Minerals

Brazil is rapidly positioning itself as a key player in the global rare earths supply chain—a sector critical to the energy transition, technological sovereignty, and economic resilience.
July 17, 2025
Interview

Chile’s Energy Crossroads: Regulatory Overhaul and Legal Certainty Key to Sustaining Clean Energy Leadership

In this interview, a former energy policymaker and current legal advisor reflects on the critical challenges Chile faces after a decade of rapid renewable energy growth. With nearly 70% of the electricity matrix now renewable, the country must urgently update its regulatory framework to align with a new energy reality. The expert highlights the need to modernize distribution regulations, revisit transmission signals, and adapt generation policies to a highly renewable mix—all in the delicate context of recent tariff increases. Beyond natural resources, he stresses that Chile’s continued global competitiveness hinges on preserving legal certainty and regulatory predictability to foster long-term investment.